Em época de pandemia, mercado ilegal cresce no país

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Em época de pandemia, mercado ilegal cresce no país






A entrada no Brasil de produtos contrabandeados ou adquiridos irregularmente no Paraguai tem aumentado do ano passado pra cá. No primeiro semestre de 2020, somente a PRF flagrou 814 pessoas nas rodovias federais em todo o país com contrabando ou descaminho; de janeiro a junho desse ano, a PRF já flagrou 881 pessoas nessa situação.



Nesses casos, as mercadorias são apreendidas e levadas para a Receita Federal. Mas não somente as mercadorias ficam retidas, os veículos utilizados no transporte também são lacrados e a Receita decreta o perdimento do bem, gerando um prejuízo ainda maior para aqueles que insistem em burlar a legislação.

No depósito da Receita Federal em Aparecida de Goiânia estão lacrados, aguardando a inspeção dos agentes, cerca de 40 carros, três ônibus e três caminhões repletos de mercadorias. Esses veículos foram apreendidos em rodovias federais e estaduais que passam por Goiás e , juntamente com outros milhares de volumes avulsos, retidos pela Receita Federal em transportadoras, nos correios e no comércio ilegal, atingem um valor total próximo de R$ 15 milhões.

O trabalho de fiscalização tem se modernizado. Os órgãos de repressão, investem em capacitações e atualizações constantes e na integração com o compartilhamento de informações, fechando o cerco nos corredores de transporte.

Em Goiás, localizado no centro do país, as apreensões de contrabando e descaminho ocorrem principalmente nas regiões sul e sudoeste, por onde as mercadorias que vêm do Paraguai entram; ou também na BR 153, no norte goiano, por onde as mercadorias tentam sair do estado, com destino à região norte do país. Essa localização geográfica faz com que o estado seja um entreposto de distribuição dos produtos da fronteira para o Norte e Nordeste do Brasil.

Além do fortalecimento da fiscalização, a situação econômica do país contribui para o aumento das ocorrências dessa modalidade criminosa. Muitas pessoas deixaram o emprego formal e buscam a informalidade, mas cometem um crime, e acabam perdendo as mercadorias, seus veículos, se comprometem com a Justiça e no fim das contas, o prejuízo é ainda maior.

Fonte: PRF

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