PORTO VELHO, RO
CEGUEIRA
Impossível que um único gestor público não tenha percebido o que está acontecendo na região da rodoviária, em frente ao prédio onde funcionava o Bradesco. Papelão, plástico e restos de madeira estão sendo usados para a formação de conglomerado habitacional.
DESCASO
O problema não é a pobreza ou a exclusão, é simplesmente a total inoperância do serviço público. Tem um monte de gente recebendo na assistência social, a questão é saber o que esse pessoal está fazendo nas repartições públicas.
CARTÃO POSTAL
Diferente de quase todas as outras capitais brasileiras, onde a rodoviária é um cartão postal, aqui em Porto Velho o prédio de boas-vindas do município parece um portal nefasto.
REINCIDÊNCIA
Ano passado, quando o Bradesco ainda tinha coragem de manter a agência em funcionamento na esquina da Carlos Gomes com Jorge Teixeira, a gerente do banco me disse que a própria PM já havia informado que pouco podia fazer para impedir a concentração de mendigos, dependentes químicos e moradores de rua no local.
CONFIRMAÇÃO
Na época, o comando da Polícia Militar confirmou que recebia inúmeros chamados de gente incomodada com as brigas, gritos, discussões e bebedeira na região. Os PMs iam até o local, conseguiam afugentar as pessoas, mas logo que a polícia virava às costas, voltavam todos.
SEM SURPRESA
É mais do que sabido que o problema é crônico. Não há nenhuma novidade no fato, a diferença do ano passado para cá é que cada vez aparece mais gente para “morar” no local.
SEM SURPRESA 2
Nem vale a pena citar quem seriam os responsáveis, pois entra ano sai ano é uma mentira nova a cada questionamento. A conversa para boi dormir é sempre de que “estamos trabalhando” para alocar esse pessoal em algum lugar.
INFERNINHO
Ora, se não há capacidade sequer para fechar definitivamente as bocas de fumo que existem no entorno da rodoviária, imagina conseguir tirar aquele povo de lá.
INFERNINHO 2
E olha que tem dezenas de operações da polícia na região, com prisão de traficantes e homicidas que batem ponto no local, que bastariam para justificar cassação de Alvará. Mesmo assim, os estabelecimentos se mantém impávidos.
OPINIÃO
Me parece que dar uma atenção para a rodoviária não está entre as prioridades, afinal a aparência do local nada mais é do que o reflexo da “escória” que domina a região.
OUTRO LADO
Wellen Prestes, titular da Secretaria Municipal de Serviços Básicos, informou que são feitas ações isoladas de limpeza para retirada de barracas e outros tipos de materiais (colchão, fogão, etc) de pessoas que ocupam à frente de prédios fechados e o canteiro central da Avenida Jorge Teixeira.
OUTRO LADO 2
Prestes aponta também que o problema é que no dia seguinte, as pessoas retornam para o mesmo local com barracas, colchões e outros equipamentos.
OPINIÃO
A desolação de Wellen Prestes é uma clara evidência de que o trabalho paliativo até pode continuar, mas solução definitiva para este século é algo meio improvável.
Fonte: Rondoniaovivo
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