Dr. Jairinho em sessão da Câmara em outubro de 2019 — Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio/Divulgação
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a próxima audiência sobre o caso da morte de Henry Borel, enteado do ex-vereador Jairinho, morto em março de 2021.
A audiência, que estava marcada para o dia 16 de março, foi suspensa depois que o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto atendeu um pedido feito pela defesa de Jairinho. Os advogados do ex-vereador entraram com pedido de habeas corpus alegando que um exame de raio-x realizado em Henry foi ocultado da defesa.
Segundo o pedido, o exame citado teria sido feito no dia da morte do menino de 4 anos e somente "nos últimos dias" foi disponibilizado à defesa.
A defesa de Jairinho sustenta que "a análise das radiografias, que vinham sendo ocultadas da defesa, de forma bastante deliberada, tem o condão de desconstruir todas as assertivas postas nos laudos de necropsia oficial”, dizia o trecho do habeas corpus.
Na decisão, o desembargador determina a suspensão da realização da audiência até julgamento do habeas corpus pelos desembargadores da Sétima Câmara Criminal do Rio de Janeiro.
Perícias são pontos sensíveis
Os exames feitos no corpo de Henry Borel continuam sendo pontos sensíveis no processo que pretende apurar as responsabilidades pela morte do menino.
Jairinho e Monique (de branco) na quarta audiência de instrução do Caso Henry Borel — Foto: Reprodução/TV Globo
Com informações que suscitam dúvidas nos acusados, os exames têm sido explorados pelas defesas da mãe de Henry, Monique Medeiros, e do padrasto, Jairo Souza dos Santos Júnior, o ex-vereador Dr. Jairinho.
Henry Borel morreu no dia 8 de março de 2021, em decorrência de uma hemorragia interna por laceração hepática por ação contundente, segundo o laudo complementar de necropsia do IML. O laudo também revela que o corpo do menino tinha 23 lesões. O documento foi feito no dia 21 de abril de 2021.
Fonte: G1
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