Mulher e criança deixam Kiev após bombardeios DANIEL LEAL / AFP
Forças russas chegaram a Kiev nesta sexta-feira (25). Há registros de tiros e explosões no segundo dia da invasão russa da Ucrânia. A capital ucraniana sofreu bombardeios durante a noite.
Sirenes soaram na capital ucraniana como alerta para população procurar abrigos antiaéreos e estações de metrô.
Os russos se aproximaram por mais duas frentes: pelo nordeste e pelo leste. Houve um avanço que se somou à ofensiva pelo norte, conforme informou a página do Estado-Maior do Exército ucraniano. Alarmes soaram de madrugada e mísseis atingiram alvos em Kiev.
Durante a noite, as tropas ucranianas informaram que enfrentam unidades de blindados russos nas localidades de Dymer e Ivankiv, situadas a 45 e 80 km no norte de Kiev, respectivamente.
Mais cedo, o Exército russo teve como alvo áreas civis, denunciou o presidente ucraniano Volodmir Zelenski, elogiando o "heroísmo" de seus concidadãos diante da invasão russa e assegurando que suas tropas estão fazendo "todo o possível" para defender o país.
"Eles [os russos] disseram que os civis não foram alvejados, mas é outra mentira deles (...) Hoje à noite, começaram a bombardear bairros civis. Isso nos lembra [a ofensiva nazista de] 1941", disse o presidente em um vídeo transmitido nas redes sociais.
Governo ucraniano tenta proteger os civis orientando o toque de recolher à noite, o uso de abrigos antiaéreos e a estocagem de alimentos.
Invasão russa
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizou na madrugada desta quinta-feira (24) uma operação militar na região separatista no leste da Ucrânia, nas cidades de Lugansk e Donetsk. Em pronunciamento na TV, o dirigente afirmou que a intenção não é ocupar o país vizinho, e sim desmilitarizá-lo.
Em resposta à invasão, o presidente ucraniano Volodmir Zelenski decretou a lei marcial no país. Pela decisão, o governo substitui todas as leis e autoridades civis por leis militares, definidas por autoridades militarizadas. Essa medida, normalmente, é implantada em resposta a cenários de extremo conflito e a crises civis e políticas.
Apesar da afirmação de Putin, houve uma intensa ofensiva na Ucrânia, que, agora, chega à capital, Kiev.
Fonte: R7
Texto: Leandro Stoliar, da Record TV com AFP
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