Constam nos autos que o denunciado desferiu múltiplos disparos em direção ao veículo onde estavam Camila Barros Dantas e outros três amigos
PORTO VELHO, RO - O Ministério Público de Rondônia, por meio da Promotoria de Ji-Paraná, ofereceu denúncia contra Adalton da Silva Lopes pela prática de homicídios dolosos triplamente qualificados.
No entendimento do Promotor de Justiça Pedro Wagner Pereira Júnior, responsável pelo caso, o delito foi praticado por motivo fútil, gerando perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas.Constam nos autos que o denunciado desferiu múltiplos disparos em direção ao veículo onde estavam Camila Barros Dantas e outros três amigos, um deles adolescente de 15 anos.
A ação resultou na morte de Camila, atingida em seu dorso superior direito por um dos disparos, conforme Laudo de Exame Tanatoscópico.
Consta no inquérito policial que, momentos antes dos fatos, Camila e os amigos estavam próximos às imediações e dependências da área urbana onde fica situado o imóvel sede da empresa Depósito de Areia Lopes, que também é a moradia do denunciado, para realizar manobras do tipo "balão acelerado” ou “cavalo de pau”. Realizadas as manobras, deixaram o local, porém, não sem antes serem percebidos pelo denunciado Adalton.
Ainda segundo se apurou, passados alguns minutos, eles retornaram ao local com o mesmo veículo para realizar novas manobras similares. Contudo, o denunciado Adalton, valendo-se de uma arma de fogo e assumindo os riscos de provocar as mortes das vítimas, passou a desferir múltiplos disparos na direção do automóvel e os ofendidos, ao perceberem se tratar de tiros, saíram em fuga do local
Na denúncia, o MPRO alega que os crimes foram praticados de modo a gerar e resultar perigo comum, tendo em vista que o denunciado disparou múltiplas vezes não só em direção às vítimas e ao veículo, mas também nas imediações da rodovia estadual RO 135, local público de livre circulação de pessoas, do Condomínio Residencial Ecoville e do loteamento urbano Cidade Jardim, áreas residenciais com centenas de moradores e frequentadores.
Assim, requereu o Ministério Público que seja instaurada contra o denunciado a competente ação penal, citando-o dos termos da acusação, observando-se o rito próprio previsto no Código de Processo Penal, pronunciando-o para que, ao fim, seja julgado perante o Tribunal do Júri da comarca de Ji-Paraná, órgão competente para apreciação dos crimes dolosos contra a vida.
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Fonte: Rondoniaovivo
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