Ibovespa sobe e dólar cai abaixo de R$ 5 com commodities e Ucrânia no radar

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Ibovespa sobe e dólar cai abaixo de R$ 5 com commodities e Ucrânia no radar

 Guerra na Ucrânia segue influenciando o comportamento dos investidoresAnna Nekrashevich/Pexels


O Ibovespa subia 0,23%, cotado a 115.575 pontos, por volta das 12h10 desta segunda-feira (21), seguindo a alta de ações ligadas a commodities, em especial petróleo e minerais, cujos preços seguem avançando.

No mesmo horário, o dólar caía 1,49%, a R$ 4,940, com o real também beneficiado pelos juros elevados no país e pela alta nas commodities, atraindo investidores. Além disso, o foco dos investidores está nos entraves nas negociações para encerrar ou estabelecer um cessar-fogo na guerra entre Ucrânia e Rússia.

A divulgação na terça-feira (22) da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em que a taxa Selic subiu para 11,75%, também está no radar, assim como do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central e do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de março, considerado a prévia da inflação.

Na semana anterior, o dólar caiu 0,73%, na terceira semana consecutiva de desvalorização. Já o Ibovespa subiu 1,98%, na casa dos 115 mil pontos.
Petróleo

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia no dia 24 de fevereiro, os mercados de petróleo mostram a maior volatilidade em dois anos, com os preços da commodity chegando a bater níveis vistos pela última vez em 2008.

O movimento dos últimos dias foi de recuo, mas o tipo Brent voltou a rondar os US$ 110, com temores de dificuldades da Rússia, um dos maiores exportadores do mundo, para atender a demanda por petróleo e as discussões sobre um possível embargo da União Europeia à compra de petróleo russo.

Se comparado com anos anteriores, o petróleo segue em valores elevados, devido ao descompasso entre oferta e demanda da commodity, com os principais produtores, reunidos na Opep+, ainda não retomando os níveis de produção pré-pandemia. O quadro foi intensificado com as tensões na Europa.

Outra consequência da alta do petróleo é a elevação do preço dos combustíveis. No Brasil, isso acelerou a aprovação de projetos de lei que buscam conter a alta nos preços dos combustíveis.
Commodities

A situação na Ucrânia pode prejudicar o real, que inaugurou um ciclo de migração de investimentos em 2022 para mercados ligados a commodities e vistos como baratos, como o Brasil — também ajudado pelos juros altos no país —, ao estimular a busca pelo dólar com uma aversão maior a riscos.

Porém, a disparada nas commodities favorece o mercado brasileiro, em um jogo de pressões positivas e negativas que ainda beneficia o real até o momento.

O ciclo está ligado, em parte, à alta nos preços do petróleo e do minério de ferro devido à elevada demanda em meio à retomada econômica. A perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos também alimentou essa migração, com a saída da renda variável norte-americana.

Outro fator por trás desse movimento são as expectativas de mais medidas pró-crescimento na China que estão aumentando as esperanças de uma recuperação na demanda por metais, o que levou a altas nos preços, reforçadas com a crise na Ucrânia.

Porém, intervenções do governo chinês no mercado e um novo surto de covid-19 no país com lockdowns têm gerado pressões de queda, em um sobe e desce na cotação.
Guerra na Ucrânia

Enquanto a Rússia continua a atacar as principais cidades da Ucrânia, incluindo a capital Kiev e a cidade de Mariupol, os dois países tentam negociar um possível fim pacífico para o conflito.

Líderes dos dois países têm citado um avanço nas negociações, com a ideia de “neutralidade” ucraniana em relação à Otan surgindo como ponto-chave nas discussões.

Do ponto de vista econômico, o acontecimento mais recente envolvendo o conflito na semana foi o anúncio por países da União Europeia de novas sanções contra a Rússia, que viu sua moeda, o rublo, despencar e atingir uma mínima histórica. Os alvos foram setores de energia, aço e defesa.

Mas as sanções de maior impacto econômico para o país estão ligadas à expulsão de bancos russos do Swift, um meio de pagamentos global.

*Com informações da Reuters

Fonte: CNN Brasil
Texto: João Pedro Malar, do CNN Brasil Business*

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