Rússia corre o risco de entrar em calote da dívida externa hoje, pela primeira vez desde a Revolução de 1917

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Rússia corre o risco de entrar em calote da dívida externa hoje, pela primeira vez desde a Revolução de 1917


LONDRES E MOSCOU —
 Nesta quarta-feira, a Rússia deve dar um calote em sua dívida externa. Mesmo tendo US$ 630 bilhões em reservas internacionais, o país é alvo de sanções pela invasão da Ucrânia e não consegue ter acesso à metade deste valor.

No início deste mês, as agências de classificação de risco cortaram a nota de crédito da Rússia para junk ou lixo, o que já significava que era grande a chance de calote.

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O país precisa pagar US$ 117 milhões em juros de um título emitido em dólar, cujo vencimento é amanhã. Se não honrar o pagamento, será a primeira vez que a Rússia entra em calote externo desde a Revolução de 1917, quando os bolcheviques não reconheceram a dívida do período czarista, segundo reportagem da CNN Business.

Nem mesmo na crise das dívidas dos anos 1990, quando a economia do país foi a colapso em 1998, o país entrou em moratória externa. Na época, o calote foi só em sua divida interna.

O que é mais intrigante nessa situação é que a Rússia tem o dinheiro, mas não pode acessá-lo. Desde 2014, a última vez que Estados Unidos e aliados impuseram sanções ao país devido à anexação da Crimeia, o Kremlin acumulou mais de US$ 600 bilhões em reservas estrangeiras, agora parcialmete bloqueadas.

Pagamento só em rublo

Além disso, o presidente Vladimir Putin proibiu qualquer pagamento, inclusive para credores externos, em qualquer outra moeda que não seja o rublo, como parte do esforço de seu regime para fortalecer a moeda russa diante das sanções impostas pelo Ocidente.

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No domingo, o ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, afirmou que o governo pagará os credores de "países hostis" em rublos até que as sanções sejam suspensas.

No dia seguinte, o Ministério das Finanças da Rússia emitiu uma ordem para pagar os US$ 117 milhões, embora não tenha especificado a moeda. Mas o uso de rublos não é uma opção para os cupons desta semana. Portanto, mesmo que o país tente pagar a dívida em outra moeda, isso será entendido como calote.

Nesta terça-feira, a agência de classificação de risco Fitch confirmou que a Rússia ficará inadimplente se não pagar em moeda os cupons que vencem nesta quarta-feira dentro de um período de carência de 30 dias, segundo a assessoria.

Um calote poderia levar a uma fuga dos poucos investidores estrangeiros que ainda restam no país e isolar ainda mais a economia russa, já em ruínas.

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Do ponto de vista das finanças internacionais, o impacto não deve ser devastador. A Rússia tem um valor pequeno de sua dívida nas mãos de credores externos, cerca de US$ 60 bilhões. Mesmo que deixasse de pagar todos eles, o calote teria, em princípio, efeito limitado pra o mercado global.

Analistas do Capital Economics alertam, porém, que, se uma instituição financeira estiver muito exposta, há risco de contágio, com implicações ainda não dimensionadas.


Fonte:O Globo, com agências internacionais

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