José Mauro Ferreira Coelho, indicado a presidente da PetrobrasJEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO - ARQUIVO
O condelho de administração da Petrobras avalia nesta quinta-feira (14), o indicado do presidente Jair Bolsonaro, José Mauro Ferreira Coelho para a Presidência da estatal. Os acionistas da Petrobras elegeram, na quarta-feira (13), os novos indicados pelo governo para compor o Conselho de Administração da estatal. Coelho foi aprovado para entrar no colegiado. Com isso, o nome dele será avaliado pelo grupo.
Se aprovado, ele será o substituto do general Joaquim Silva e Luna, exonerado pelo presidente no fim de março. O militar foi alvo de críticas por parte do governo em razão dos sucessivos repasses de aumentos dos combustíveis ao consumidor.
A política de preços da empresa adota PPI (Política de Paridade de Internacional), que leva em consideração o mercado financeiro internacional com a variação do dólar, somado ao preço do barril de petróleo. A prática é critiada por Bolsonaro, pois os reajustes nos preços dos combustíveis vem gerando desgastes para a campanha política do presidente, que vai tentar a reeleição em outubro deste ano.
Coelho foi presidente do conselho de administração da Pré-Sal Petróleo e ex-secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia. Ele é ainda ex-oficial de Artilharia do Exército Brasileiro, além de ser graduado em química industrial pelas Faculdades Reunidas Professor Nuno Lisboa, mestre em engenharia dos materiais pelo Instituto Militar de Engenharia e doutor em planejamento energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Em entrevista à TV Brasil, em agosto de 2021, Coelho defendeu a prática do PPI, e também se candidatou a deputado estadual pelo PSDB no Rio de Janeiro em 2006, mas teve 1.437 votos (0,018%) e não foi eleito. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ele usava o nome de "Prof. José Mauro" no pleito eleitoral.
Desistência
O nome de Coelho como indicado pelo presidente da estatal vem depois da desistência de outro indicado de Bolsonaro. No início do mês, Adriano Pires comunicou sua desistência ao Palácio do Planalto. Ele alegou conflito de interesses, uma vez que é sócio-diretor de uma empresa que atende diversos clientes do setor de energia e infraestrutura do país.
Por Carlos Eduardo Bafutto e Plínio Aguiar, do R7
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