De olho no Enem: saiba como estudar atualidades para as provas

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De olho no Enem: saiba como estudar atualidades para as provas

Atualidades: estudantes devem buscar fontes confiáveis de informação e saber relacionar assuntos  ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL - 21/11/21

Pandemia, guerra, polêmicas e escândalos no campo político, nesse caldeirão de informações nem sempre fica fácil para os estudantes saberem o que devem estudar quando o assunto é atualidade. Para facilitar a vida de quem tem de rever todo o conteúdo do ensino médio para as provas, o R7 oferece uma bússola para direcionar a vida de quem está se preparando para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e vestibular.

André Freitas, gerente de projetos pedagógicos do Sistema pH, lembra que "as questões fazem parte do banco nacional de itens, são pré-testadas, feitas com certa antecedência por conta da TRI (Teoria de Resposta ao Item), que é a metodologia aplicada no Enem e isso significa que um assunto que aconteceu três ou quatro meses antes da realização do exame não será objeto de uma questão do Enem", diz. "Há um certo mito envolvendo atualidades no Enem, principalmente nas provas de ciências humanas, mas assuntos que ocorrem três meses antes do exame não vão cair."

O que não quer dizer que o estudante não precisa ficar atento, muito pelo contrário — assuntos relevantes para a sociedade com certeza estarão presentes no exame. Mas como saber que um assunto é relevante?

Mateus Lopes, coordenador da Escola Vereda em Santo André (SP) explica que "tudo o que afete relações sociais, políticas e econômicas, como conflitos internacionais, cabe nas provas. Assuntos de grande repercussão têm potencial para cair nos exames, como crises econômicas, questões relativas ao meio ambiente e à sustentabilidade", explica. "Esses temas podem aparecer de forma contextualizada nas questões de geografia, filosofia, sociologia, história, mas podem ser cobrados nas disciplinas de biologia e até mesmo matemática. As atualidades podem ser contextualizadas em diversas áreas do saber, por isso a importância delas."

"No contexto da pandemia, por exemplo, já se estuda sobre vírus e vacinas em biologia. A paralisação econômica mundial desde 2020 alterou os preços de commodities, afetou a intensidade dos transportes de mercadorias e pessoas e prejudicou as cadeiras industriais globalmente: esses assuntos já se estuda normalmente em geografia. Em 2022 a Guerra na Ucrânia afetou os preços das fontes de energia e outras commodites, mais um assunto trabalhado em geografia, além se relacionar à disciplina de história, por abordar aspectos da Guerra Fria e do Fim da União Soviética. Portanto para saber se um assunto é relevante o primeiro passo é tentar relacioná-lo aos conteúdos das disciplinas tradicionais", exemplifica Israel Mielli, professor do Colégio Anglo Chácara Santo Antônio.

E não tem como fugir: a principal fonte de informação é imprensa, os veículos de comunicação profissional: os principais portais, jornais e emissoras de televisão. "Associado a eles, vale ler os livros que ganharam o prêmio Jabuti, por exemplo, Pequeno Manual Antirracista, da Djamila Ribeiro, que traz discussões sobre racismo que são muito contemporâneas que pode estar no entorno de uma questão," observa André Freitas.

Vale a pena organizar um arquivo com os principais fatos? Para o professor Mateus Lopes, sim. Sem sombra de dúvidas ter um arquivo no seu computador ou mesmo fazer anotações em um caderno com os principais acontecimentos, com as fontes, colocar em tópicos e relacionar essas informações ao contexto social, ao conteúdo estudado, é um ótimo material."

Por Karla Dunder, do R7

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