UTI Neonatal do Hospital de Base atendeu mais de 200 bebês durante primeiro trimestre de 2022

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UTI Neonatal do Hospital de Base atendeu mais de 200 bebês durante primeiro trimestre de 2022

Este será o primeiro dia das mães que Evellyn Amanda vai passar com suas bebês, as gêmeas, Lívia e Alice. Elas nasceram prematuras e passaram 90 dias internadas recebendo os cuidados necessários na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal – UTIN e do setor destinado aos cuidados intermediários – UCIN, por meio do método conhecido como Canguru – UCINCA do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro – HBAP, em Porto Velho. Esta semana a mãe e as meninas receberam alta e poderão voltar para casa, no município de Alta Floresta.

Já Micaeli Orácio está há 34 dias acompanhando a filha Maria Luiza, que também nasceu prematura, ainda aguarda o ganho de peso e melhora do quadro clínico, para receber alta com a filha. Ela conta, assim que a bebê nasceu foi encaminhada à UTI neonatal; depois foi para a unidade de cuidados intermediários e posteriormente a mãe aderiu ao Método Canguru, ali, ganhando peso, recebendo estímulo para amamentação exclusiva e fortalecimento do vínculo mãe-bebê.

O bebê da Noemia dos Santos nasceu com 27 semanas e pesando 930 gramas. Devido à prematuridade extrema, vem recebendo cuidados na UTI neonatal do HBAP, onde continua até hoje com a boa evolução clínica e ganho de peso. Hoje está pesando 1.700kg, mas continua sendo assistido por toda a equipe multiprofissional necessária ao melhor prognóstico.

Esses são alguns dos exemplos de mais de 200 mães e recém-nascidos que passaram pela UTIN do HBAP neste primeiro trimestre do ano. Desse número, 180 bebês saudáveis já voltaram para casa com suas mães. No local, são atendidos além dos casos de prematuridade, recém- nascidos com doenças genéticas, metabólicas, endócrinas, infecciosas e outras que prejudicam o desenvolvimento somático, neurológico ou psíquico da criança.

Além disso, a UTI neonatal dispõe de recursos para detecção de outros tipos de doenças congênitas; como as falciformes, hemoglobinopatias e fibrose cística, envolvendo também, a detecção precoce de outras doenças.

ESTRUTURA

De acordo com a coordenadora do Núcleo Infantil e Neonatal, Vanusa Sousa, o núcleo conta com 26 leitos na UTIN e 36 na Unidade de Cuidados Intermediários. Entre os 26 leitos da UTIN, dois são de isolamento, reservados para bebês que precisam ficar em distanciamento, seja por doenças virais ou contagiosas, bebês cujas mães estejam com covid-19 ou por necessidade de isolamento de contato mais rigoroso.

A unidade neonatal dispõe ainda de incubadoras com paredes duplas em todos os leitos, que proporcionam ao recém-nascido uma regulação térmica eficaz e necessária, seja ele prematuro ou a termo, além de uma proteção contra vírus e bactérias. A UTIN conta também com todos os dispositivos de ventilação mecânica invasiva e não invasiva, caso o bebê precise para respirar. Esse equipamento é extremamente importante, pois garante a sobrevida do recém-nascido, associado a toda conjuntura de cuidados intensivos neonatais.

REFERÊNCIA

A UTI Neonatal do HBAP é referência para os atendimentos de recém-nascidos oriundos do Centro Obstétrico do HBAP, Maternidade Municipal Mãe Esperança, além de outras unidades de saúde de Porto Velho, do interior do Estado, de outros estados a exemplo do Amazonas e Acre, além do país vizinho Bolívia.

“Sobre o atendimento eu não tenho do que reclamar. Minha filha está sendo muito bem atendida, ainda não tem previsão de alta, mas já percebo a evolução na recuperação dela”, contou Noemia.

Micaele que também faz acompanhamento do seu bebê – elogiou o atendimento recebido por sua filha no local, desde a UTIN até o Método Canguru.

“Muita gente acha que o atendimento no hospital público não tem qualidade. Eu não tenho do que reclamar. Quando a minha filha nasceu e ficou na UTIN por sete dias foi muito bem atendida. Para mim está sendo muito bom, porque eu não esperava. No momento, só estamos esperando ela ganhar peso e o resultado de outros exames para podermos ir para casa”, destacou Micaele.

MÉTODO CANGURU

O Método Canguru, também conhecido como “Cuidado Mãe Canguru” ou “Contato pele a pele”, tem funcionado como alternativa ao cuidado neonatal convencional para bebês de baixo peso ao nascer.

O contato com a pele dos genitores é uma prática humanizada que vem proporcionando uma taxa de mortalidade mais baixa nas maternidades. No Hospital de Base são disponibilizados oito leitos para o Método Canguru. A visita funciona das 9h às 12h e das 14h às 18h.

A coordenadora do núcleo, Vanusa Sousa, que trabalha há dois anos na Neonatologia e na Pediatria, falou como é trabalhar com o tratamento dos bebês e ver a felicidade das mães recebendo alta com seus bebês saudáveis.

“Eu não consigo me ver trabalhando em outra área a não ser na Neonatologia e Pediatria. É gostoso ver a evolução durante todo o atendimento. Desde o bebê chegando, prematuro ou não e receber os cuidados de toda a equipe, iniciar a oferta de conforto respiratório, de progressão de dieta e consequente ganho de peso, além do cuidado individualizado e especializado. É possível ver a gradativa melhora. É muito gratificante após curtos ou mesmo longos períodos com a gente e ver o bebê ir para casa saudável no colo da mãe”, falou emocionada a coordenadora.

Fonte: Secom/RO

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