Familiares foram proibidos de fazer visitas nos presídios por conta da Covid-19 e prisioneiras sofreram com desnutrição
Porto Velho, RO - Pelo menos 35 mulheres que cumpriam pena em prisões em Pyongyang, capital da Coreia do Norte, morreram em decorrência de desnutrição, desde que o governo de Kim Jong Un proibiu a visita de familiares para entregar comida, por conta de restrições impostas para conter a Covid-19.
Segundo informações do site Radio Free Asia, desde maio, quando o país relatou casos de ‘febre desconhecida’, sem admitir que fossem casos da doença causada pelo coronavírus, foi declarado status de ‘emergência nacional máxima’, restringindo a circulação em diversos setores da população.
Apesar de os presídios locais fornecerem comida para as detentas, a quantidade não é suficiente, visto que elas têm uma longa jornada diária de trabalho. Segundo relatos, a saúda das presas depende dos alimentos extras levados por parentes nas visitas.
A irmã de uma detenta, que foi condenada a cinco anos de prisão, conta que as famílias só podem visitar parentes nos presídios uma vez a cada três meses. Antes da pandemia, era comum que pelo menos três detentas morressem por mês por conta de desnutrição.
Durante o estado de emergência no país, a família daqueles morriam dentro dos presídios tinham responsabilidade pelo transporte do corpo, para que pudesse velar e enterrar.
Se os familiares não chegassem a tempo, o corpo era enrolado em sacos plásticos e queimado ao redor da prisão.
Em 2017, um jurista do Tribunal Internacional de Justiça, sobrevivente do Holocausto, concluiu que o sistema prisional norte-coreano era pior do que os campos de concentração nazistas da 2ª Guerra Mundial.
Segundo relatório, o regime de Kim Jong Un cometeu 10 de 11 crimes de guerra reconhecidos internacionalmente, incluindo assassinato, escravidão, tortura e violência sexual contra prisioneiros.
Fonte: Diário da Amazônia
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