Flori baixou um decreto e determinou a uma empresa que contratou de fora do estado a assumir o local, ainda no final da noite de segunda-feira. Em nota distribuída à imprensa, Associação Cooperar, Unimed e Sicoob Credisul fazem duras críticas a decisão, que chamam de autoritária e populista. Também relatam como não verdadeiras justificativas apresentadas pelo prefeito em sua motivação oficial para a intervenção. Confira:
Nota de esclarecimento
A Associação Cooperar (construtora do Hospital Cooperar), a Unimed (empresa contratada para equipar e gerir o hospital, conforme contrato registrado em cartório) e a Sicoob Credisul (canalizadora dos recursos para a construção da unidade hospitalar), vêm a público declarar o que segue:
Foram diversas as tentativas de construir um hospital que elevasse a qualidade da saúde da região a outro patamar. Felizmente, pela força da cooperação de milhares de cooperados da Sicoob Credisul da região do Cone Sul de Rondônia, Noroeste do Mato Grosso, e por vezes, de toda a área de abrangência da cooperativa, incluindo a região de maior de PIB do Mato Grosso, e o Estado do Acre, estávamos prestes a realizar o sonho, sonho este que está chamando a atenção do sistema cooperativo de todo o Brasil, por se tratar de uma iniciativa inédita.
Infelizmente, fomos surpreendidos por uma decisão, na surdina, populista, autoritária, que revela a incapacidade do poder público de gerir os recursos dos impostos arrecadados dos contribuintes com competência, e tenta usurpar daqueles que construíram à duras penas o sonho de termos um hospital do qual poderíamos nos orgulhar. Como se não bastasse, a citada Santa Casa Chavantes, uma empresa privada, invadiu a obra, ontem, às 23 horas da mesma noite do decreto, como se fossemos depredar a nossa própria realização.
Não é verdade o que o prefeito afirmou, que construímos “um hospital para ricos”. Somos uma cooperativa feita por pessoas e para as pessoas, de todas as classes sociais e poder aquisitivo. E foram elas, de espírito cooperativista, que contribuíram mensalmente para a construção do hospital, cientes o tempo todo de que ali seria um hospital particular.
Desde o lançamento da construção do Hospital Cooperar, em 2019, temos comunicado a disposição de oferecer, por meio de convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), atendimentos de média e alta complexidade. O próprio prefeito pode testemunhar o que conversamos sobre o assunto, em visita recente ao hospital, onde repetimos o mesmo interesse, caso o Senhor Prefeito não se lembre, basta conferir em todas as matérias publicadas sobre o hospital.
Não, não é verdade também o que propaga o Senhor Prefeito, que o Hospital Regional tenha sido interditado pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), que inclusive acaba de publicar nota a respeito. Somente a lavanderia fora interditada, e que aliás, caso o prefeito tivesse tido a sabedoria de dialogar com nossas instituições, estaríamos dispostos a ajudar a resolver o problema, assim como o fizemos recentemente, já no atual mandato, ao ceder um imóvel da Sicoob Credisul, sem custos de aluguel, para abrigar um órgão da Secretaria de Saúde, a pedido do próprio prefeito Flori Cordeiro.
Somos instituições sérias e comprometidas com o desenvolvimento das comunidades onde estamos inseridos e não temos o hábito de mentir, conforme sugeriu o Senhor Prefeito. Realmente, mais de 90% do hospital está pronto, entretanto, a sua montagem é complexa. À medida que um bloco é finalizado, a Unimed o equipa.
Estimávamos para agosto próximo o início de suas atividades, no entanto, agora, as obras estão paralisadas, e em que isso contribui para a melhoria da tão combalida saúde de nosso município?
Aos cooperados da Sicoob Credisul e à população informamos que as medidas jurídicas cabíveis já estão sendo tomadas e que jamais deixaremos de auxiliar a comunidade que há 22 anos criou em Vilhena (RO) a Sicoob Credisul, hoje a quinta maior cooperativa do sistema Sicoob do Brasil.
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