Disputa no Congresso Nacional e dificuldades de negociação do governo com a própria base tem levantado receio sobre os rumos das medidas econômicas em apreciação no Legislativo. Foto: B3
Porto Velho, RO - A apresentação do relatório do deputado Cláudio Cajado (PP-BA) sobre o arcabouço fiscal deve movimentar os mercados nesta semana. Ainda hoje, o parlamentar promete discutir o texto final com líderes da Câmara dos Deputados, que pode conter punições ao governo caso as metas de resultado primário não sejam cumpridas.
Entre as medidas em estudo estão o contingenciamento automático de gastos e até um possível congelamento total das despesas obrigatórias. A responsabilização do presidente da República pelo descumprimento das metas perdeu força nas discussões, mas ainda é risco para o governo. Além disso, a provável instalação de múltiplas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) deve mexer com os ânimos do parlamento e tornar as discussões em torno das medidas econômicas ainda mais acirrada.
Outro anúncio aguardado para a semana é o novo preço do combustível a ser praticado pela Petrobras. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, avisou que divulgará, além do reajuste, uma nova política e preços para a petroleira que deve contemplar os custos internacionais do petróleo, mas com “competitividade” no mercado nacional.
No exterior, a crise do teto da dívida nos Estados Unidos parece estar caminhando para uma resolução que deve evitar o risco de calote do governo americano. Futuros de Wall Street iniciaram a semana apontando para uma sessão em leve alta. O EuroStoxx 600, na Europa, operava em alta neste início de dia também.
No campo das commodities, o minério de ferro subiu 5,68% na primeira parta da sessão em Singapura, a 105,10 dólares a tonelada. O petróleo também era negociado com ganhos às 8h10, cotado a 74,33 dólares (+0,22%).
Fonte: O Antagonista
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