CEO da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) diz que impostos previstos por medida provisória para empresas e apostadores estão "acima do que deve ser". Wesley Cardia. (Foto: Reprodução/Linkedin)
Porto Velho, RO - Que comecem os jogos. O governo Lula ainda não enviou ao Congresso Nacional a medida provisória que pretende regulamentar as apostas esportivas online no país, mas os sites que promovem os jogos já miram a negociação com os parlamentares. A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), que representa 13 dessas empresas, considera que as alíquotas dos impostos previstos pelo Ministério da Fazenda estão “acima do que deve ser”.
Wesley Cardia, CEO da ANJL, disse à coluna Panorama Esportivo, de O Globo, que a proposta do governo atende à maioria dos anseios do setor, que também se incomoda com as denúncias de fraude reveladas pela Operação Penalidade Máxima, mas há um porém. “Onde nós vemos problemas? Na tributação. Não é só 16%. Tem o imposto de renda, PSI/Confins, sobe para cerca de 28% a 30%, o que fica bem acima do aceitável que é 24%”, argumenta Cardia.
“Tivemos várias reuniões em que isso foi levantado, e o Ministério da Fazenda disse que chegou no limite que ele podia colocar dentro das expectativas do governo. (…) Dissemos, com todo cuidado, mas sendo enfáticos, de que nós nos vemos a vontade para, quando estiver no Congresso, lutar por um imposto mais adequado”, diz o CEO, para quem os 30% de taxa para os ganhos dos apostadores “também é um fator que nós achamos que está acima do que deve ser”.
A Câmara instala nesta semana a CPI da Manipulação de Resultados, para investigar as denúncias de fraude em apostas. A Polícia Federal já entrou no caso e o Senado também vai abrir uma comissão.
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