Nas redes sociais, presidente ucraniano prometeu retaliação
Porto Velho, RO - Um ataque com mísseis russos contra um edifício residencial em Lviv, no Oeste da Ucrânia, matou pelo menos quatro pessoas e deixou 32 feridas durante a madrugada. O presidente ucraniano prometeu uma resposta ao que é considerado o maior ataque à infraestrutura civil da cidade desde o início da invasão.
O ministro ucraniano do Interior, Igor Klymenko, anunciou nesta quinta-feira (6) que um ataque russo com mísseis, durante a madrugada, contra um edifício residencial em Lviv matou pelo menos quatro civis e fez 32 feridos, incluindo uma criança.
"Este é o maior ataque à infraestrutura civil em Lviv desde o início da invasão em grande escala" da Ucrânia, escreveu o prefeito de Lviv, Andriï Sadovyi, no Telegram.
Ele disse que pelo menos sete pessoas foram resgatadas do bloco de apartamentos, admitindo que pode haver outras sob os escombros.
"A destruição é enorme, mais de 50 apartamentos foram devastados. Um edifício com escritórios foi danificado, assim como o prédio de uma escola e o dormitório da Universidade Politécnica de Lviv", relatou Sadovyi.
O chefe da administração regional, Maksym Kozytsky, descreveu o incidente como "ataque direto contra um prédio residencial" feito pelas forças russas.
Zelensky promete resposta
Nas redes sociais, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensly, reagiu ao ataque, prometendo retaliar.
"Definitivamente haverá uma resposta ao inimigo. Uma [resposta] tangível", escreveu Zelensky em mensagem publicada no Twitter, acompanhada por um vídeo onde se vê o grau de destruição em Lviv.
A Força Aérea da Ucrânia informou que a Rússia atacou Lviv com mísseis Kalibr, lançados do Mar Negro.
Em publicação no Telegram, a Força Aérea adiantou que “sete em cada dez mísseis” foram interceptados, acrescentando que um deles “mudou de curso” para o oeste e atingiu Lviv.
Andriy Yermak, chefe do gabinete de Zelensky, condenou o ataque e pediu mais sistemas de defesa aérea aos aliados. Yermak exortou ainda os parceiros ocidentais a aceitarem a Ucrânia como membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
A aliança militar promove cúpula na próxima semana na Lituânia. O presidente ucraniano acredita que a adesão da Ucrânia à Otan ocorrerá em breve e afirma que "tudo depende dos países-membros".
Embora Lviv esteja no Oeste da Ucrânia, relativamente longe das linhas de frente no Sul e Leste do país, a cidade foi também alvo de ataques desde a invasão russa, que começou em 24 de fevereiro de 2022.
Na noite de 19 para 20 de junho, a "infraestrutura crítica" em Lviv foi atingida por drones, informou o governador local, e cinco pessoas foram mortas em março, num tiroteio em área residencial de Velyka Vilchanytsia, na mesma região.
A área de Lviv era habitada por cerca de 700 mil pessoas antes da invasão da Rússia. A população aumentou desde fevereiro do ano passado, porque muitas pessoas fugiram para a cidade devido aos combates e ataques aéreos em partes do país.
Fonte: RTP*
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