Órgãos estaduais e municipais prontos a cumprirem ordem judicial
Porto Velho, RO - Em Rondônia, estado que tem se destacado no Brasil pelo avanço da sustentabilidade e recuo do desmatamento, foi desencadeada a Operação Mapinguari, que tem como objetivo preservar a biodiversidade no Parque Estadual de Guajará-Mirim, local que abriga uma riqueza de flora e fauna. Com início no domingo, 13, a operação já colhe com resultados positivos, com a saída de 50% dos invasores da região, além da retirada voluntária de centenas de gados, que ocupavam áreas que antes eram florestas.A execução da Operação Mapinguari é realizada por meio de um esforço conjunto de diversos órgãos públicos estaduais e municipais, visando o cumprimento de decisão judicial para a desocupação do Parque Estadual de Guajará-Mirim. As ações tiveram início com a chegada de tropas especializadas da Polícia Militar de Rondônia – PMRO no local em litígio, marcando assim, o início da 2ª fase da Operação, sendo a primeira fase marcada pela realização de planejamentos integrados, para identificação e mapeamento da área invadida.
Conforme o levantamento, foi constatado grandes locais de desmatamento, criações de bovinos com mais de 2 mil cabeças de gado e várias moradias. O comandante geral da Polícia Militar do Estado, coronel PM Regis Wellington Braguin, destacou o compromisso do Governo em cumprir o que está estabelecido pela lei. “Dentro da Unidade de Conservação nós iremos cumprir a lei. Existe uma ordem judicial e a Polícia Militar é aquela que apoia a execução realizada pelos oficiais de justiça ostensivamente”, explicou.
PACÍFICA
O comandante da Operação, tenente-coronel PM Adenilson Silva disse que, a Polícia Militar, Polícia Civil, Batalhão de Polícia Ambiental – BPA, Secretaria de Desenvolvimento Ambiental – Sedam, Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril – Idaron, Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social – Seas, Departamento de Estradas de Rodagens – DER, Corpo de Bombeiros Militar e demais órgãos como Ministério Público, Poder Judiciário, dentre outros, estão apoiando a execução da ordem judicial e que a transcorre de forma pacífica e ordeira.
As ações sociais iniciaram-se para o acolhimento de invasores em situação de vulnerabilidade
As ações sociais iniciaram-se para o acolhimento de invasores em situação de vulnerabilidade, ao mesmo tempo em que há o cumprimento da decisão judicial. As equipes de policiais militares estão divididas no terreno em bases, das quais todas são compostas por representantes dos órgãos públicos participantes, objetivando uma ação rápida, eficaz e em respeito à dignidade do ser humano.
A operação realiza um trabalho de acolhimento dos invasores com a distribuição de alimentação, doação de brinquedos, roupas e calçados, além do direcionamento ao atendimento social junto à Secretaria da Assistência e do Desenvolvimento Social – Seas, vinculada ao Governo do Estado, e prefeituras de Nova Mamoré e Guajará-Mirim.
PROTEÇÃO DA FLORESTA
Com previsão de aproximadamente 20 dias, a 2ª fase da Operação Mapinguari continuará até o começo de setembro. A expectativa é que a ordem judicial seja cumprida em toda a região em litígio. A partir de então, será iniciada a 3ª fase, buscando a regeneração e a preservação da biodiversidade no Parque, com a presença marcante das forças de segurança pública e órgãos de fiscalização ambiental na região.
A Operação foi nomeada “Mapinguari”, pois é o símbolo protetor das florestas. Uma criatura de apenas um olho, o qual simboliza o controle de um Estado uníssono, sendo vários órgãos estatais mobilizados para o alcance de um único objetivo: de preservação da fauna e flora.
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