Encontro se destaca com presença de autoridades, nível dos painéis e parceria com agência alemã

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Encontro se destaca com presença de autoridades, nível dos painéis e parceria com agência alemã

Thomé enalteceu a parceria firmada com agência alemã, que financiará capacitações para Porto Velho

Porto Velho, RO - Além de ampliar as perspectivas de modelos de negócios sustentáveis na Amazônia, com foco no desenvolvimento das cidades e melhor qualidade de vida das pessoas, o 2º ICLEI Amazônia, sediado em Porto Velho, já trouxe resultados práticos para o município no segundo dia do evento.

“Hoje mesmo foi assinado um acordo de cooperação técnica entre a cidade de Porto Velho e a GIZ, que é uma das principais agências de cooperação alemã. Ela vai financiar para Porto Velho uma agenda robusta de capacitação técnica, preparando a nossa equipe para projetos de Cidades Sustentáveis”, comemorou o presidente da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho (ADPVH) e diretor do Instituto Amazônia+ 21, Marcelo Thomé.

Ele também destacou a realização de diversos painéis que trataram de assuntos ligados com foco nas agendas de Cidades Sustentáveis, Cidades Resilientes, mudanças climáticas, financiamento de projetos e sobre os desafios das comunidades serem reconhecidas como destinos de investimentos para geração de negócios, entre outros.

Marcelo Thomé ainda enalteceu a presença do ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, do representante da ONU-Habtat, Elkin Velásquez, e de toda equipe do ICLEI, que lidera essa agenda em nível global.

Elkin Velásquez afirma que objetivo do ICLEI é muito mais que conscientização, é promover ações concretas

“Isso é fruto de um trabalho estruturado do prefeito Hildon Chaves, quando tomou a decisão de criar a Agência de Desenvolvimento de Porto Velho e resgatar para a gestão pública o planejamento, a construção de uma agenda de futuro e é isso que a gente está fazendo, reconhecendo o potencial econômico da floresta amazônica e pensando em como gerar negócios sustentáveis a partir de Porto Velho para toda a Amazônia”, concluiu.


FOCO NAS PESSOAS

Para Elkin Velásquez, representante regional do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), o objetivo do ICLEI é muito mais que a conscientização, mas, sobretudo, para promover ações concretas, especialmente em relação à convergência de vontade dos governos locais e outros organismos, para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

“O mundo todo está falando da Amazônia enquanto bioma. O bioma é muito importante para toda humanidade no contexto da mudança climática. Porém, para cuidar da Amazônia como o mundo pede, o primeiro a ser feito é cuidar dos 48 milhões de moradores dessa Amazônia, que estão organizados nas grandes, médias e pequenas cidades. O ponto principal é melhorar a qualidade de vida dos moradores das cidades, em termos de saneamento básico e oportunidades de empregos, empregos gerados pelo novo modelo econômico da Amazônia, entre outros”, afirmou.

Nessa mesma linha de pensamento, Rodrigo Perpétuo, secretário-executivo do ICLEI na América do Sul, destacou que a crise climática não vai ser resolvida sem as cidades. “A solução para a crise que a Amazônia vive em relação à perda da sua biodiversidade, o desmatamento, aos índices de desenvolvimento, enfrentamento aos eventos extremos da natureza, ela precisa necessariamente passar pelas cidades, envolver e ter o protagonismo das cidades”, pontuou.

Rodrigo Perpétuo disse que é preciso atender as necessidades das pessoas sem devastar a floresta

Rodrigo acrescentou ser preciso atender as necessidades das pessoas sem devastar a floresta. Segundo ele, não tem como não priorizar cidades como Porto Velho, um município maior que a Bélgica e todo o estado de Alagoas.

“Precisamos trabalhar com visão inovadora do desenvolvimento das cidades, contemplando as florestas, soluções baseadas na natureza que proporcionem melhor qualidade de vida para os seus moradores, mas também cumplicidade em relação à conservação”, afirmou.

INSPIRAÇÃO

Mediadora do painel que tratou sobre o potencial de atividades empreendedoras na Amazônia para gerar renda às comunidades locais e manter a floresta em pé, Ana Wernke, coordenadora de relações institucionais e advocacy para o ICLEI, disse que uma das propostas do evento é promover o debate e trazer inspiração para a proteção da biodiversidade.

“Esses painéis vêm nesse sentido, de mostrar essas boas práticas, de mostrar o que está sendo feito e o que pode servir para ser feito no futuro. Como as pessoas podem manter a floresta em pé, dentro da sua cultura, permanecer nos seus espaços através de incentivos, seja de ONG, seja de bancos para o empreendedorismo local. Isso é um componente de justiça climática e de justiça social de extrema importância”, enfatizou.

Alexis Bastos falou dos projetos para desenvolver a estrutura da cadeia do cacau, pecuária de leite e o açaí, entre outros

Coordenador de projetos da ONG Rioterra, Alexis Bastos falou dos projetos para desenvolver a estrutura da cadeia do cacau, pecuária de leite e o açaí, entre outros. “É importante que as pessoas das cidades entendam que eles dependem da floresta para ter alimentos, mas para isso, precisa ter chuva, e que para ter chuva, precisa ter árvores”, acrescentando que dessa forma o homem terá meios para o desenvolvimento econômico sustentável e para a sua própria existência.

Para Almir Suruí, líder indígena de Rondônia e empreendedor, a sustentabilidade é um dos caminhos importantes para todo equilíbrio do planeta, fortalecendo a economia e melhor qualidade de vida para os moradores.

“O indígena também quer desenvolvimento, mas é preciso criar governança, estratégias e planejamento para que todos possam construir o caminho do futuro. É preciso desenvolver com responsabilidade, utilizando as tecnologias, conhecimento científico e conhecimentos tradicionais”, declarou.

Além do painel, também aconteceu uma Mesa Redonda Multinível e Multi Atores: Amazônia rumo a COP 30.

Fonte: Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

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