Copom alerta que incerteza sobre meta fiscal deixa juros mais altos

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Copom alerta que incerteza sobre meta fiscal deixa juros mais altos


Na ata da última reunião, colegiado destaca que "cresceu a incerteza em torno da própria meta estabelecida para o resultado fiscal, o que levou a um aumento do prêmio de risco". Foto: Divulgação

Porto Velho, RO - A ata da reunião da semana passada do Copom (Comitê de Política Monetária) apontou a recente piora na percepção de disciplina fiscal do governo como um elemento a mais a dificultar a redução das taxas de juros no país.

“O Comitê vinha avaliando que a incerteza fiscal se detinha sobre a execução das metas que haviam sido apresentadas, mas nota que, no período mais recente, cresceu a incerteza em torno da própria meta estabelecida para o resultado fiscal, o que levou a um aumento do prêmio de risco. Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas“, destacou o texto.

Além disso, o colegiado também incluiu no documento outra menção à “disciplina fiscal” no parágrafo em que destaca o aumento do custo da desinflação com uma possível adoção de uma política econômica heterodoxa, de incentivos fiscais e abandono das reformas estruturais.

“O Comitê reforçou a visão de que o esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, o aumento de crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia, com impactos deletérios sobre a potência da política monetária e, consequentemente, sobre o custo de desinflação em termos de atividade“.

A ata ainda expande a preocupação com o cenário internacional, com juros mais altos nos Estados Unidos, e a “estratégia de aperto monetário prolongado” para conter a pressão sobre os preços em grande parte dos países. “O aperto monetário global pode trazer pressões sobre o câmbio e impactar o preço dos ativos domésticos, contribuindo para um processo desinflacionário interno mais lento no curto prazo”.

Fonte: O Antagonista

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