Investidores também reagem aos balanços corporativos divulgados na noite de ontem, com atenção especial à queda no lucro da Petrobras. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Porto Velho, RO - A agenda econômica do dia traz a inflação de outubro. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve desacelerar no acumulado anual, passando dos 5,19% registrados em setembro para 4,87% no mês passado. O número ainda está acima do limite da meta do Banco Central, que é 3,25% mais uma variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Na leitura mensal, a pressão sobre os preços deve avançar de 0,26% para 0,29%, de acordo com as expectativas de mercado. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) deve divulgar os números do IPCA às 9h, e o resultado deve calibrar as apostas no futuro da política monetária.
Ontem, os juros futuros responderam ao discurso inesperadamente mais contracionista do presidente do FED (Federal Reserve), Jerome Powell, que afirmou que pode voltar a subir os juros nos Estados Unidos caso a economia não dê sinais de arrefecimento.
No cenário corporativo, os investidores respondem à grande quantidade de balanços apresentados ontem, com destaque especial à Petrobras que responde por 12% do Ibovespa. A petroleira divulgou, ontem após o fechamento, queda de mais de 40% no lucro da companhia em um ano, acompanhados do pagamento de dividendos de R$ 26,6 bilhões. Nos Estados Unidos, a ADR (Recibo de Depósito Americano, na sigla em inglês) da Petrobras sobe mais de 1% antes da abertura.
No ambiente político, as conversas sobre os futuro da Reforma Tributária e da meta fiscal podem diminuir a exposição na mídia na semana que vem, com o recesso prático do Congresso Nacional em função do feriado da Proclamação da República, no dia 15 de novembro. A expectativa, no entanto, é que o governo e a equipe econômica aproveitem o recesso para se reorganizar e unificar os discurso sobre os temas.
No campo das commodities, o minério de ferro avançou 1,02% na primeira parte da sessão em Singapura, a US$ 126,55 a tonelada. O petróleo também se recuperava dos recuos recentes e subia 1%, às 7h40, cotado a US$ 80,81 o barril do tipo Brent.
Fonte: O Antagonista
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