Relatório de Inflação do BC no radar dos mercados

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Relatório de Inflação do BC no radar dos mercados


Documento, que apresenta a visão da autoridade monetária sobre a pressão sobre preços, pode mexer com as expectativas para o ritmo de cortes de juros. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Porto Velho, RO - A agenda econômica nacional tem a divulgação do RTI (Relatório Trimestral de Inflação) às 8h, desta quinta-feira, 21, com apresentação e entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de política econômica do BC, Diogo Guillen às 11h.

O documento é a principal produção da autoridade monetária sobre a inflação no país. O relatório, produzido a cada três meses, traz uma visão detalhada sobre o pressão sobre os preços e mostra a visão do BC sobre quais componentes inflacionários merecem atenção especial.

À tarde, reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) às 15h poderá decidir sobre o limite para o rotativo dos cartões de crédito. Vale lembrar que a Lei 14.690/23, sancionada no dia 3 de outubro, prevê uma janela de 90 dias para que as instituições financeiras apresentassem uma proposta sobre o assunto ao colegiado (que tem como membros os ministros da Fazenda e do Planejamento, além do presidente do BC).

Se a alternativa dos bancos não for aceita, a taxa máxima que as administradoras de cartão de crédito poderão cobrar não podem exceder o limite de 100% do valor da dívida original.

Após o fechamento dos mercados na quarta-feira, 20, o Senado Federal aprovou, sem alterações, MP (Medida Provisória), que trata da subvenção do ICMS, com 48 votos a favor e 22 contra. A medida, considerada a principal solução para aumentar a arrecadação em 2024, com previsão de uma receita adicional de R$ 35,3 bilhões, segue agora para sanção presidencial.

O texto causou dúvidas nos senadores e a equipe econômica insistiu no entendimento de que a MP não prevê a cobrança do estoque da dívida. Segundo Haddad, o desconto de 80% não se aplica ao crédito presumido, que terá 100% de cancelamento de auto de infração.

A votação da Lei Orçamentária Anual também vai manter o governo atento. A deliberação sobre o texto foi adiada após o relator da matéria, deputado Luiz Carlos Motta, propor um corte de R$ 17 bilhões nas despesas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em 2024 para bancar as emendas parlamentares de comissão. O governo, agora, busca alternativas para evitar a redução dos investimentos do principal programa do Planalto.

No exterior, a leitura final do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos para o terceiro trimestre também será divulgada nesta quinta-feira (10h30). Os resultados preliminares apontaram um salto de 5,2%. Apesar da resiliência da economia americana, os investidores continuam a apostar em um corte antecipado na taxa de juros.

Fonte: O Antagonista

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