Subida de tom de líderes autoritários da China, Rússia, Irã e Coreia do Norte escancaram crise de liderança global. Foto: Governo da China/via Fotos Públiicas
Porto Velho, RO - O início de 2024 foi marcado por discursos e ações de ditadores da China, Rússia, Coreia do Norte e Irã, evidenciando uma crise de liderança e mais um passo para o fim da pax americana, período de relativa paz mundial após a Segunda Guerra Mundial.
O presidente americano Joe Biden, octogenário e com baixa popularidade, parece incapaz de lidar com a situação de escalada de tensões no mundo de forma eficaz num ano em que tentará uma reeleição muito acirrada e extenuante contra Donald Trump.
Líderes europeus como Emmanuel Macron (França), Olaf Scholz (Alemanha) ou Rishi Sunak (Reino Unido) também não mostram os requisitos necessários para o avanço das negociações de paz. Até na América Latina, região pouco caracterizada em tempos recentes por guerras, Nicolás Maduro (Venezuela) se sentiu à vontade para anunciar a invasão da vizinha Guiana. Não é coincidência.
China e Taiwan
Xi Jinping, presidente da China, reafirmou a intenção de “reunificar” Taiwan com a China, uma questão sensível desde a separação em 1949. A China tem aumentado sua pressão militar na região, com exercícios militares frequentes. Taiwan, uma democracia, opõe-se à reunificação com a ditadura comunista chinesa.
Rússia e Ucrânia
Vladimir Putin, presidente da Rússia, insiste que seu país não recuará na guerra contra a Ucrânia, iniciada em 2014 com a anexação da Crimeia e intensificada em fevereiro de 2022 com a nova invasão. Este conflito já resultou em milhares de mortes e deslocamentos. Para o ideólogo de Putin, Alexandr Dugin, “a Terceira Guerra Mundial já começou”.
Coreia do Norte
Kim Jong-un, tirano da Coreia do Norte, anunciou que está preparando seu exército para uma possível guerra, intensificando testes de armas e lançando satélites militares espiões. A península coreana é uma região de alta tensão desde a Guerra da Coreia (1950-1953), e a escalada é perigosa porque a ditadura norte-coreana possui armas nucleares.
Irã e Israel
O Irã continua financiando grupos como o Hamas e se opõe radicalmente à existência do Estado de Israel. No Mar Vermelho, os Hutis (ou “Houthis”), um grupo rebelde do Iêmen também apoiado pelo Irã, têm atacado embarcações comerciais, aumentando a instabilidade na região.
O fim da URSS, uma aula histórica de liderança
É impossível contar a história da derrocada da URSS no início dos anos 90 sem mencionar o papel fundamental de três lideranças mundiais: Ronald Reagan, Margareth Thatcher e o Papa João Paulo II. Juntos, deram o respaldo político, militar e moral para que a “Cortina de Ferro” fosse derrotada sem um único tiro disparado, libertado parte significativa do mundo do domínio da ditadura imperialista soviética.
Sem figuras desta dimensão histórica no cenário mundial, a escalada de conflitos mundiais parece inevitável em 2024. As eleições americanas, que ocorrerão em novembro, podem apontar para um cenário de continuidade ou mudança.
“A Terceira Guerra Mundial já começou”
Fonte: O Antagonista
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