O Papa Francisco defendeu um marco que aprova bênçãos para casais do mesmo sexo no domingo, 14, sugerindo que aqueles na Igreja Católica que resistiram a isso foram levados a "conclusões feias" porque não o entendem. O Papa Francisco lidera a oração do Angelus no Vaticano, em 7 de janeiro de 2024. Vatican Media/Handout via REUTERS/Foto do arquivo Adquirir Direitos de Licenciamento. Fonte: Reuters
Porto Velho,RO - O Papa Francisco defendeu um marco que aprova bênçãos para casais do mesmo sexo no domingo, 14, sugerindo que aqueles na Igreja Católica que resistiram a isso foram levados a “conclusões feias” porque não o entendem.
Em uma entrevista televisiva, Francisco fez seus primeiros comentários públicos desde a declaração de 18 de dezembro, que gerou amplo debate na Igreja, com bispos em alguns países, principalmente na África, recusando-se a permitir que seus sacerdotes a implementem.
“Decisões nem sempre são aceitas”“Às vezes as decisões não são aceitas, mas na maioria dos casos quando as decisões não são aceitas, é porque elas não são compreendidas“, disse Francisco em resposta a uma pergunta específica sobre a declaração de dezembro.
“O perigo é que se eu não gosto de algo e coloco isso (a oposição) no meu coração, torno-me uma resistência e salto para conclusões feias”, disse ele durante um link de sua residência no Vaticano com o programa “Che Tempo Che Fa” no Canal 9 da Itália.
Bênçãos para todos“Isso é o que aconteceu com essas últimas decisões sobre bênçãos para todos”, disse ele, referindo-se à declaração conhecida pelo seu título em latim Fiducia Supplicans (Confiança Suplicante). Foi emitida pelo departamento doutrinal do Vaticano e aprovada por ele.
Desde a declaração original, o Vaticano tem se esforçado para enfatizar que as bênçãos não equivalem a uma aprovação da atividade homossexual e não devem ser vistas como algo remotamente equivalente ao sacramento do casamento para casais heterossexuais.
Clarificação não convenceuMas mesmo uma clarificação deste mês por parte do departamento doutrinal do Vaticano não convenceu os bispos na África, onde de certo modo em alguns países a atividade homossexual pode levar à prisão ou mesmo à pena de morte.
Eles emitiram uma carta na semana passada dizendo que a declaração de dezembro causou “inquietação nas mentes de muitos” e não poderia ser aplicada por causa do contexto cultural do continente. Alguns bispos na França disseram aos seus sacerdotes que poderiam abençoar casais individuais gays, mas não casais.
Por outro lado, a Igreja ensina que a atividade homossexual é pecaminosa e desordenada, e pessoas com atrações pelo mesmo sexo devem tentar ser castos, algo ao qual o Papa parecia estar aludindo em sua resposta.
“O Senhor abençoa todos”“O Senhor abençoa todos”, disse Francisco. “Mas então as pessoas têm que entrar em diálogo com a bênção do Senhor e ver o caminho que o Senhor propõe. Nós (a Igreja) temos que pegá-los pela mão e guiá-los por esse caminho e não condená-los desde o início”.
Desde sua eleição em 2013, Francisco vem tentando fazer com que a Igreja, com seus 1,35 bilhões de membros, seja mais acolhedora para as pessoas LGBT, mas sem mudar a doutrina moral.
Enquanto isso, o Kremlin disse na segunda-feira que a Rússia está desenvolvendo relações com “nosso parceiro” a Coreia do Norte em todas as áreas e construirá acordos alcançados entre seus líderes quando se encontraram em um centro russo de lançamento espacial no ano passado.
Fonte: O Antagonista
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