Incidente foi contido no interior da usina nuclear japonesa
Porto Velho, RO - A Central Nuclear de Fukushima registrou um vazamento de 5,5 toneladas de água radioativa, mas que foi contida no interior do complexo, informou a operadora da central japonesa, destruída pelo terremoto e tsunami de 2011.
A Tokyo Electric Power Company (Tepco) disse que trabalhadores de Fukushima, no Nordeste do Japão, detectaram o vazamento pouco antes das 9h (hora local), de acordo com um comunicado divulgado nessa quarta-feira (8).
De acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo, o vazamento foi observado em um dispositivo usado para purificar e tratar águas residuais, no momento em que o equipamento passava por operação de limpeza.
A Tepco disse que a água contém cerca de 22 mil milhões de becquerels (unidade usada para medir a atividade radioativa), um valor mil vezes menor do que o usado em radioterapia no tratamento de câncer.
No entanto, a operadora de Fukushima estimou que podia conter até 220 vezes o nível máximo fixado pelas autoridades japonesas de materiais radioativos, como o césio-137 e o estrôncio 90.
A Tepco garantiu que o vazamento, que durou cerca de 20 minutos, não teve repercussões na parte externa da central.
Uma porta-voz da companhia disse à agência de notícias France-Presse que "não houve qualquer mudança significativa" nos dados de monitoramento da radioatividade em volta da central.
A empresa isolou a área e recolheu a água, mas admitiu que parte poderá ter ido parar no subsolo, que será também retirado e analisado.
Em agosto, Tóquio anunciou que ia começar a descarregar 1,3 milhão de metros cúbicos de águas residuais tratadas e diluídas de Fukushima no Oceano Pacífico, no âmbito de um plano aprovado pela Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), que poderá continuar até 2050.
A água contém trítio a um nível que a AIEA considera ter impacto negligenciável no ambiente e na saúde humana.
Três reatores da Central Nuclear de Fukushima Daiichi derreteram depois de um terremoto de magnitude 9 e de um tsunami, no dia 11 de março de 2011, libertando enormes quantidades de radiação na região.
Fonte: Lusa*
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