Porto Velho, RO - Os investidores repercutem nesta quinta-feira, 2, o comunicado do FED (Federal Reserve) e a fala do presidente da autoridade monetária americana, Jerome Powell, sobre o futuros dos juros nos Estados Unidos. O banco central americano manteve o teto da taxa de juros básica em 5,5% ao ano e destacou a “falta de progresso” na trajetória da inflação rumo a meta de 2%.
Na tradicional coletiva, logo após o comunicado do FED, Powell retirou o bode da sala ao repetir que é improvável uma nova alta de juros este ano, mas trouxe um novo elemento às falas anteriores ao dizer que a autoridade monetária americana talvez não consiga cortar os juros por lá este ano.
Além disso, o anúncio de que o ritmo mensal de redução do balanço do banco central americano cairá de 60 bilhões de dólares para 25 bilhões de dólares ajudou os investidores a entenderem a mensagem do FED como sendo mais favorável a um relaxamento da política monetária atual.
Os juros futuros por lá reagiram com queda nas taxas ao longo da curva. O movimento continua na manhã desta quinta-feira, 2, e aponta precificação do mercado para o futuro das taxas básicas americana de um corte de 0,25 ponto percentual em novembro. Até quarta-feira, 30, a curva futura indicava apenas uma redução de juros neste ano em dezembro.
A melhora das perspectivas americanas deve impactar positivamente o real e os juros locais, caso mantenha-se a dinâmica observada nos últimos dias. Além disso, o mercado financeiro avalia também a mudança de perspectiva para a nota de crédito brasileira, que foi elevada de estável para positiva pela agência de classificação de risco Moody’s, mas manteve a nota a dois níveis do grau de investimento.
No cenário corporativo, o banco Bradesco e a Weg divulgam o balanço do primeiro trimestre deste ano antes da abertura do mercado. Após o fechamento, Eztec, Iguatemi, Gerdau e Metalúrgica Gerdau também apresentam resultados. No exterior, o destaque deve ficar com os números da Apple para o período.
Fonte: O Antagonista
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