Capacitação profissional de comunidades tradicionais de Rondônia em bioeconomia será divulgada no Brasil e Alemanha

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Capacitação profissional de comunidades tradicionais de Rondônia em bioeconomia será divulgada no Brasil e Alemanha


Comunidades tradicionais recebem cursos técnicos presenciais na sua própria localidade

Porto Velho, RO - Os avanços do governo de Rondônia na oferta de cursos profissionalizantes, para ocupações voltadas à bioeconomia em comunidades tradicionais serão apresentados a instituições de ensino que integram as redes de educação profissional e tecnológica do Brasil e Alemanha.

Com esse objetivo, a presidente do Instituto Estadual de Desenvolvimento da Educação Profissional (Idep), Adir Josefa de Oliveira participou na segunda-feira (24), em São Paulo, da gravação de uma entrevista institucional em formato de podcast, no qual também foi entrevistada online, a coordenadora de políticas educacionais indígenas do Ministério da Educação (MEC). Pierlangela Nascimento Cunha.

Durante a entrevista conduzida pela jornalista, Fabiana Dias, consultora do Projeto Profissionais do Futuro, cooperação técnica entre Brasil e Alemanha, foram apresentados alguns casos de sucesso de Rondônia, na qualificação da mão de obra com foco na economia verde, e o papel da mulher nesse setor, que prioriza a agricultura familiar.

Segundo a jornalista, a divulgação dos avanços da bioeconomia na Amazônia Legal será realizada em vídeo para que o conteúdo seja legendado em inglês, já que a proposta é divulgar o tema em outros países devido à importância da sustentabilidade no mundo. “O ‘Podcast Profissionais do Futuro’ visa abordar temas relevantes sobre biodiversidade, economia circular e a presença de mulheres nestes setores,” pontuou.

CURSOS TÉCNICOS

Um dos casos de sucesso de Rondônia nessas temáticas é a descentralização de cursos profissionalizantes para comunidades tradicionais. Pela primeira vez na história de Rondônia, quilombolas, indígenas e ribeirinhos estão recebendo na sua comunidade, cursos técnicos de habilitação presencial. Com a formação profissional mais robusta, os alunos aprendem, mantendo a cultura nativa, habilidades e competências para transformar de forma criativa e sustentável, as riquezas naturais em oportunidades de negócios.

Colar confeccionado com resíduos de madeira apresentado como exemplo da produção feminina

No que tange à inserção da mulher na bioeconomia, estão sendo oferecidos diversos cursos com recursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), por meio do Projeto Mulheres Mil, que visa o protagonismo feminino. Um desses cursos ensina a produção de biojóias, utilizando riquezas naturais. No término da entrevista, a presidente do Idep presenteou a entrevistadora com um colar confeccionado em Rondônia, com resíduos de madeira.

Questionada sobre os resultados da interiorização do ensino, Adir Josefa destacou a participação da comunidade na construção do saber. “Quando um aluno vai para a escola só ele aprende, agora quando se leva o curso até a sua localidade toda a comunidade participa das atividades”, destacou a presidente do Idep.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o reconhecimento que o estado está tendo no Brasil e no exterior pelos avanços na qualificação profissional em ocupações voltados à economia verde, é resultado dos investimentos da gestão estadual para o desenvolvimento sustentável.

“Além de se destacar pela menor taxa de desemprego no Brasil, estamos buscando o progresso econômico aliado ao desenvolvimento social e preservando o meio ambiente. O fortalecimento e expansão da educação profissional representam novas oportunidades para quem vive em localidades remotas com difícil acesso a educação,” ressaltou.

Morador da zona Rural de Vilhena, Esequiel Assencio de Oliveira, de 22 anos, começou a vislumbrar novos horizontes para sua vida depois que começou a fazer o curso Técnico em Agronegócio, ofertado pelo Idep, por meio da sua unidade executora Centro Técnico (Centec) Abaitará, localizado em Pimenta Bueno. “Hoje, juntamente a outros colegas de turma estamos desenvolvendo um projeto para abrir o próprio negócio, utilizando de forma sustentável as potencialidades do Buriti”, relatou o estudante que frequenta as aulas em uma sala descentralizada do Instituto.

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