
Porto Velho, RO - A justiça da França condenou nesta semana Myriam Jaouen, de 30 anos, a 25 anos de prisão pela morte da bebê Lisa, de 11 meses, em uma creche privada em Lyon.
O crime ocorreu em 22 de junho de 2022, quando a assistente forçou a menina a ingerir um produto à base de soda cáustica, utilizado para desentupir ralos.
Jaouen foi considerada culpada por atos de tortura e barbárie que resultaram na morte da criança, mas o júri rejeitou a acusação de homicídio doloso com premeditação apresentada pela promotoria, que havia pedido pena de 30 anos.
A sentença, anunciada nesta quinta, 4, inclui ainda cinco anos de acompanhamento sociojudiciário com obrigação de tratamento, dez anos de inelegibilidade e a proibição definitiva de atuar com crianças.
Na ocasião do crime, Myriam estava sozinha na abertura da creche Danton Rêve, administrada pelo grupo People & Baby, e recebeu Lisa do pai.
Poucos minutos depois, outras mães encontraram a funcionária em pânico e a bebê já vomitando. A menina foi levada ao hospital, mas morreu em razão das queimaduras internas causadas pela substância corrosiva.
Durante o julgamento, Jaouen admitiu ter segurado a cabeça da criança e despejado o líquido diretamente em sua boca.
A defesa alegou que a ré, inexperiente e com deficiência intelectual leve a moderada, teria sofrido um surto devido ao estresse. Laudos revelaram também histórico de mitomania e dificuldades de aprendizado.
O caso teve grande repercussão na França e motivou investigações sobre a atuação de creches privadas no país. A ex-diretora da unidade reconheceu publicamente que a contratação de Myriam Jaouen foi um erro.
A condenação reacendeu o debate sobre a qualificação e supervisão de profissionais da primeira infância, especialmente em instituições particulares. Autoridades francesas avaliam mudanças regulatórias para evitar novas tragédias.
Fonte: O Antagonista
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